Escrevo porque vivo e vivo pra sentir. Sentir é objeto do que escrevo, e é por isso que sinto, para me completar ao escrever.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Quisera eu...
O ano chegou, trazendo consigo melancolias que foram escondidas por mim mesma
De fato, eu não quero ou queria me deparar com elas de novo, como tantas outras vezes
Talvez porque sinto uma agonia em carregar no meu sangue esse caranguejo que me atiça
E ser determinada sempre pelo que sinto, e não pelo que racionalmente é o correto
Prometi a mim mesma que não cairia mais nos ardis antigos e piegas que sempre me deparei
Se for pra sofrer, que seja por algo novo, inusitado, daqueles que me desafiam a inteligência o e bom-senso
Afinal, eu quis me manter segura e protegida, e ao mesmo tempo ser amada
Eu queria abraçar o mundo com meus dois braços... Devaneios de mulher
Assim como esses versos, quis liberdade, tirar as rimas e as pontuações adequadas da minha vida
Nada de chatices, nada de repetições e, principalmente, nada de sensibilidade
Ah, sensibilidade, palavra que está infincada na minha alma como um carma que tenho que carregar
Se isso é desistir de mim? Talvez... Na verdade, sinto vontade de não mais ser desse jeito
É como se houvesse um patamar além da verdade de me ser, uma outra fase
O problema seria o porquê disso, a razão, o sentido
Provavelmente, estou tentando me moldar da maneira que pessoas que eu nem conheço gostariam
E deixando de ser aquilo que as que eu já conquistei, gostam que eu seja
O que importa é ser feliz, oras... então quero experimentar todas as formas que posso fazê-lo
E se não der certo mais essa tentativa?
Aí terei que inventar outra, como tantas outras que já inventei
Quisera eu poder reinventar a que eu já tive um dia
Quisera eu que tudo tivesse sido diferente, e não que eu precisasse ser diferente.
Quisera eu que essa melancolia não tivesse me abatido...
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