domingo, 8 de agosto de 2010

10 de junho de 2010



    Acho que se sabe quando se ama quando tudo o que você lê passa a ter sentido. E tudo o que você escreve vem embriagado de sentimentalismo. Quando escrevi isso, naquele exato dia, eu soube que estava amando de verdade.

"Você é uma mescla do intenso com o equilíbrio que se externa num ritmo arrebatador e viciante... Vontade de te dançar, até me fundir aos seus batuques e me render a tua liberdade, a ponto de ser ela a minha liberdade, o meu caminho, a minha chegada.

Você é um caminho avesso do alvo que me perturba a mente e o coração ao andar sobre... Vontade de te percorrer, de sentir cada traço quente do teu ser, a ponto de fazer das tuas quedas as minhas derrotas e das tuas alegrias o meu gozo.

Você é um desejo profundo e reprimido que arde em mim de voar, de correr, de andar, de não parar... Vontade de te ser e de me ser em ti, a ponto de não querer sair, a ponto de me mesclar em ti.

Oh, eu clamo... Traze-me a alvura dos teus olhares, o som do teu céu, o bailar das tuas horas, o pulsar da tua vivacidade, que eu sei que diferem dos meus. E se preciso for, traze-me contigo o gemido das tuas noites frias, o calar do teu peito angustiado. Traze-me tudo que é teu, e eu tomarei comigo, pra mim. Só pra mim, infinitamente por uma noite."

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