domingo, 22 de agosto de 2010

Sou o que não sei


Sou o que não sei
o que não vivi
os livros que não li

Sou o que não defini
e o que não vi e senti

Sou um pedaço do que não sou
e o resto que faltou

Sou tudo que posso ser
e tudo que existe para se ser

Se há beleza na sensibilidade
eu isso sou
Se há, porém, trevas na arte
também isso sou

Quero ser a mistura do belo e do desprezível
Por isso sou o que ninguém é
Por isso existo e continuo a existir:
Para ser.

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