Num desses dias de irritação dissertei sobre a sociedade num geral. São pensamentos que nem sei se hoje ainda os sustento, mas vale de registro. Noto profundamente assim minhas transformações.
"Há um grito na alma de todo homem, um vazio que consome cada dia mais o que tem dentro de si e o esvazia.
E o que completa não é nada, além daquele que iniciou todas as coisas e criou até mesmo o próprio homem do pó.
Tentativa frustrada é para nós buscarmos em alguém o que não podem nos dar. Nos iludirmos com aqueles que estão iludidos nesse mundo. Talvez nem tudo valha a pena, mesmo a alma não sendo pequena.
Por que buscar o consolo humano, se quem nos criou tem muito mais pra dar? Nenhuma necessidade podemos ter que Ele não possa suprir, pois nos formou com as limitações para rompermos com Ele.
E pessoas vão, pessoas vêm e nada muda entre nós. Será que a solução está realmente em nós? Pensamos tanto em nós mesmos, mas não queremos o nosso bem. O homem é o próprio destruidor dele mesmo.
Os olhos que contemplam todas as coisas não são os humanos. Quem se limita à Terra torna-se pequeno. "Há muito mais entre o céu e a Terra que supoe nossa vã filosofia." Não seria isso uma verdade? E mesmo assim, cada dia mais existem caminhos mirabolantes que chegam na mesma resposta. Em tempos de guerra, buscamos a paz; em tempos de paz, buscamos a guerra. E a maior guerra está dentro de nós. A mente é o maior campo de batalha. Lutar contra si mesmo é o maior desafio. É covardia.
E quando lutamos para tirar um pedaço de nós que pertence à outra pessoa é doloroso. Mas toda ferida um dia cicatriza. Ninguém tem a chave do nosso coração, mas nós temos todos os atalhos para mudarmos o curso da nossa breve vida.
E quanto mais progresso buscamos, mais retrocedemos. Estaríamos nós tentando voltar às origens e viver como animais? Ou seria o mundo um zoológico civilizado?
A resposta pra indagação está em nós. O problema é que insistimos em repetir a pergunta.
E quanto mais andar, mais paralizados ficaremos. O caminho está errado!"

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